- Esse convite chegou na hora certa. Estava
desacreditada, achando que ficaria de fora do carnaval, mas a escola me contatou
e vou dar o melhor. Estou com muita vontade de dar para a escola as notas que
ela merece. Sei da minha responsabilidade. Não é fácil substituir a Lucinha
Nobre, sem dúvida uma grande porta-bandeira, mas vou chegar com tudo. Gostei
muito desse primeiro contato com a diretoria da escola – afirma ela.
Defender o pavilhão detentor de cinco títulos e muita
história no carnaval carioca não será novidade para Cristiane. Ela passou pela
escola em 2009 e 2010. Antes, defendeu a Vizinha Faladeira por quatro anos,
Portela por três carnavais, Porto da Pedra, Caprichosos e Paraíso do Tuiuti,
onde venceu o Estandarte de Ouro de Revelação do Carnaval 2001, quando a
agremiação de São Cristóvão desfilou no Grupo Especial. Nos últimos três anos
foi primeira porta-bandeira da União da Ilha do Governador. Em 2016, dançará pela primeira vez com Diogo
Jesus, e a profissional prevê um bom entendimento com o novo parceiro.
- Tudo tem como dar certo. É um mestre-sala que sempre
admirei. Um rapaz talentoso, educado e humilde. Faremos um grande trabalho em
conjunto com o Boni (José Bonifácio, coreógrafo). Era esse desafio que queria e
estava precisando na minha carreira. Vamos lutar muito, isso eu posso garantir.
Na pauta de trabalho visando o próximo desfile, uma
premissa que já vinha sendo trabalhada e permanece com a contratação de
Cristiane Caldas. O primeiro casal de mestre-sala e porta-bandeira da Mocidade
terá uma dança mais voltada para o lado tradicional. Haverá pouca coreografia.
O excesso de passos marcados foi bastante penalizado pelos julgadores no último
desfile.
- Acho que esse é o caminho certo. De 2014 para 2015
houve uma alteração grande nisso. Percebemos que a ‘’vibe’’ agora é diferente e
gosto do caminho para um estilo mais tradicional. Apesar disso, não fui cobrada
por excesso de coreografia nas minhas justificativas de 2015 – completou.
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Foto : Thiago Mattos |
Em 2016 o enredo da Mocidade mostrará todas as grandes manchas da história do Brasil,
mazelas que assombram até hoje a nossa sociedade, mas escolheu uma forma bem
lúdica para fazer isso. Aproveitando a efeméride de 400 anos de falecimento do
escritor Miguel de Cervantes em 2016, a verde e branca de Padre Miguel trás ao
Brasil o personagem mais famoso criado pelo escritor espanhol. Dom Quixote se
juntará a alguns personagens de nossa história e tirará da literatura
brasileira as armas para mostrar-nos o caminho da felicidade.
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