O Carnaval de Río en San Luis
definitivamente já faz parte do calendário dos sambistas brasileiros.
Encantados com a receptividade dos hermanos argentinos, os grandes artistas da
festa já pensam em voltar no próximo ano. O arrojado projeto da Gangazumba, que
tem a Amebras e a Ami7 como parceiras, está em sua sexta edição, promovendo e
unificando o intercâmbio cultural entre Brasil e Argentina, em três dias de
muita folia.
FOTO: GABRIELA FERREIRA |
“ A viagem é cansativa, mas a
nossa maior recompensa é sempre o aplauso. Estar muito próximo da plateia e
sentir a vibração das pessoas é o reconhecimento para o nosso esforço. Temos
que falar também que o tratamento que nos dão, desde a hora que saímos do Rio de
Janeiro, até a hora de voltar, é de primeira qualidade”, diz Igor Prazeres, um
dos diretores de bateria da Grande Rio e que já participou de outras edições do
evento.
Em sua primeira participação na
folia brasileira em terras argentinas, mestre Rodney, da Beija-Flor, já
anunciou que quer voltar mais vezes.
“Nunca fui tão bem tratado fora
do meu país. As instalações, a comida, a preocupação com o nosso bem-estar são
nítidas. A todo momento, recebemos a visita do pessoal da Ami7 querendo saber
se precisamos de algo. Não tem como não ficar feliz”, diz o mestre de bateria.
Hospedagem e alimentação são preocupação constante
Envolvidos em uma logística de
alta complexidade, a hospedagem dos sambistas é fator primordial para a equipe
da AMI7. As instalações, escolhidas a dedo pelos representantes da empresa, são
vistoriadas com antecedência para que possam alojar adequadamente os sambistas
de cada agremiação.
“ Recebemos uma lista de locais
disponíveis para a hospedagem e visitamos cada uma deles para saber as reais
condições. Algumas escolas, que já participaram em outras edições acenam com um
local de preferência, mas tudo depende do contingente que a agremiação envia. A
bateria, por exemplo, tem que estar alojada em um local mais amplo, baianas e
velha-guarda, em local mais acessível, por conta da idade. Os que se hospedam
em lugares mais distantes, contam com um ônibus que sai uma vez ao dia para o
centro de San Luis, para que possam passear”, diz Amauri Wanzeler, um dos
diretores da AMI7.
A estrutura oferecida pela
empresa, que é a responsável por toda a logística dos desfiles, inclui também a
alimentação dos sambistas. Em alguns casos, o intercâmbio cultural entre os
dois países chega às refeições.
“Sabemos que o feijão com arroz
não faz parte da cultura dos argentinos. Como nossos sambistas têm a tradição
de comer feijoada em suas festas, alguns dos locais permitem que se cozinhe. A
feijoada acaba sendo mais um motivo para confraternizar. As baianas da Mocidade
e da Imperatriz sempre se encarregam de preparar o prato. Este ano, a
Beija-Flor também vai para a cozinha preparar o seu feijão”, diz Moreira, responsável pela comitiva da Beija-Flor.
FOTO: GABRIELA FERREIRA |
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